Burnout: quando ser forte vira adoecimento

Escrito por Matheus Alves

Tem horas em que o corpo cansa antes da gente entender o porquê.
Você tenta dormir, mas o sono não descansa.
Tira férias, mas a mente continua em alerta.
Começa o dia já esgotado. E termina com a sensação de estar falhando, mesmo tendo feito o possível.

Pode parecer apenas cansaço. Mas às vezes é mais do que isso.
Às vezes, é o corpo dizendo: não dá mais para continuar desse jeito.

O burnout costuma chegar devagar.
Não é um acontecimento, é um acúmulo.
Dias em que você se ignorou. Tarefas que assumiu mesmo sem ter espaço. Limites que não foram respeitados, por você ou por outros.

E, por trás de tudo isso, uma vontade sincera de dar conta.
De ser útil, responsável, forte.
De não decepcionar, não parar, não falhar.

A verdade é que o burnout raramente nasce da fraqueza.
Ele nasce, muitas vezes, de uma força usada contra si mesmo.

Na tentativa de se adaptar, de se encaixar, de manter tudo funcionando, você pode ter se desconectado do seu próprio ritmo, das suas necessidades mais básicas, do seu direito de respirar.

A psicologia nos ajuda a entender esse esgotamento não como um defeito individual, mas como um sintoma relacional.
O burnout fala de uma pessoa, sim, mas também de um meio que exige demais, que valoriza a produtividade acima da saúde, que normaliza o excesso e silencia o sofrimento.

Na Gestalt-Terapia, entendemos que toda pessoa está em constante ajustamento ao ambiente. A gente vai se moldando, encontrando formas de seguir, de sobreviver. Mas quando esses ajustes se tornam rígidos, quando ser forte se torna uma obrigação e não uma escolha, o corpo cobra. E cobra caro.

O burnout pode ser esse limite.
Esse “não” do organismo quando você já disse “sim” demais.

Mas também pode ser um convite ao reencontro consigo.
Um chamado para reaprender a pausar. A se escutar. A reconhecer suas dores antes que elas gritem.
A lembrar que você não é uma máquina.
E que cuidar de si não é luxo, nem egoísmo, é necessidade.

Talvez seja difícil parar.
Talvez você nem saiba mais como seria viver de outro jeito.
Mas aos poucos, com acolhimento e presença, é possível redescobrir um caminho mais leve, mais vivo, mais seu.

Você não precisa continuar se esgotando para provar nada.
Seu valor não está no quanto aguenta, mas no quanto consegue estar em contato com a sua verdade.

Se você sente que chegou nesse limite, a psicoterapia pode ser um espaço seguro para começar a se reencontrar. Quando quiser, estou por aqui.

Na Gestalt-Terapia, não buscamos consertar o que está “errado” em você.
Nos interessamos por entender como você foi se moldando, como aprendeu a sobreviver, que dores precisou silenciar. E a partir disso, construir juntos formas mais vivas, mais conscientes e verdadeiras de estar no mundo.

Ao longo do processo, é possível:

  • Reconhecer os sinais do corpo e da mente, antes que eles precisem gritar;

  • Reaprender a escutar seus limites — e tratá-los com respeito, não culpa;

  • Desfazer personagens antigos, criados para agradar, dar conta, ou se proteger;

  • Redescobrir o próprio ritmo, desejo, tempo interno;

  • E, principalmente, reconectar-se consigo mesmo, não como uma tarefa a cumprir, mas como um gesto de cuidado contínuo.

Você não precisa atravessar isso sozinho.
A escuta certa, no tempo certo, pode ser o início de um novo caminho.

Terapia Online

Há momentos em que a vida pede pausa, escuta e direção. Se você sente esse chamado, a terapia pode ser um espaço de reencontro com quem você é. Vamos conversar?

Quem sou eu

Sou Matheus, psicólogo clínico (CRP 09/20412), formado pela PUC Goiás e especializado em Gestalt-Terapia.
Atendo adolescentes e adultos em processos de autoconhecimento, acolhimento e transformação, sempre com escuta sensível e presença.

Meu atendimento é exclusivamente online, em um espaço seguro para lidar com questões como ansiedade, identidade, luto e relações.

Tenho especialização e experiência nos seguintes temas:
ansiedade, depressão, relacionamentos, sexualidade e luto.

Acredito no potencial criativo de cada pessoa e na força do encontro terapêutico como caminho de reconexão consigo e com o mundo.

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