Tudo bem se você ainda não sabe quem é

Escrito por Matheus Alves

Há dias em que a pergunta surge como um sussurro. Em outros, como um grito abafado:
“Quem sou eu?

E quando não vem a resposta, ou quando todas as respostas parecem frágeis, provisórias, vazias, nasce uma angústia difícil de nomear.
É como estar presente e ausente ao mesmo tempo. Viver por dentro de uma dúvida que não passa.

Vivemos em uma época que valoriza certezas.
Quem sabe o que quer. Quem tem metas claras. Quem já se encontrou.

Mas e quem ainda está se formando por dentro?
E quem não sabe ao certo onde termina e onde começa o que o outro projetou?
E quem só sente um cansaço enorme de sustentar papéis que não fazem mais sentido?

Às vezes, a maior dor não é “não ser ninguém”, mas ter sido tudo para todo mundo, menos para si.

A ideia de uma identidade fixa, pronta, definitiva… pode parecer segura.
Mas também pode virar uma prisão.

Porque, na verdade, ninguém está pronto o tempo todo.
Somos feitos de versões. De pedaços. De histórias que se sobrepõem.
Somos um agora que ainda está sendo tecido.

Você não precisa se encaixar em uma descrição perfeita de si para ser real.
Nem dar conta de uma coerência absoluta entre o que sente, pensa e mostra.

Talvez sua identidade não seja um “quem sou eu” fechado em si.
Mas sim um “como estou me sentindo agora?”,
“O que me afeta?”,
“O que pulsa em mim?”

Você não é um rótulo, é uma travessia.

E é nesse movimento, feito de dúvidas, silêncios, repetições e tentativas, que você se encontra.
Não porque chega a um ponto final,
mas porque começa a habitar a si mesmo com mais inteireza.

Muita gente pensa que a terapia só serve quando há uma crise explícita, um rompimento, um trauma, um sintoma que grita.
Mas às vezes o que dói é mais sutil:
uma sensação de desencontro, de não se reconhecer no espelho, de viver se adaptando sem saber exatamente ao quê.

Buscar ajuda nesse lugar não é sinal de fraqueza.
É sinal de escuta.
De quem não quer mais viver no automático, nem sustentar máscaras que já pesam demais.

Na terapia, você não precisa saber quem é para começar.
Aliás, é justamente o espaço onde você pode não saber.
Onde perguntas ganham valor maior do que respostas prontas.
Onde partes suas que nunca tiveram voz começam, aos poucos, a se expressar.

E, às vezes, tudo começa assim: com uma sensação vaga, um incômodo difícil de explicar, uma vontade tímida de se sentir mais inteiro.

Não é sobre se transformar em alguém novo.
É sobre se autorizar a ser quem você já é, com mais presença, com mais verdade, com mais gentileza.

 

Às vezes, tudo o que a gente precisa é de um espaço onde possa existir sem se apressar para ser alguém.
A terapia pode ser esse espaço.


Se tudo isso ecoa em você, talvez já exista aí dentro uma vontade, ainda que tímida, de reencontro.

A psicoterapia não oferece respostas prontas.
Mas pode ser o solo fértil onde você cultiva perguntas mais verdadeiras.
Onde o que parecia confuso ganha contorno.
E onde partes suas esquecidas ou sufocadas podem, enfim, respirar.

Na Gestalt-Terapia, não há pressa por definir quem você é.
Há espaço para descobrir, no presente, como você está se sentindo.
E partir daí para um contato mais íntimo consigo — menos ideal, mais real.

Você não precisa saber o destino para começar a caminhar.
Basta a coragem de escutar esse chamado sutil por mais inteireza.

Quando quiser, estou por aqui.

Terapia Online

Há momentos em que a vida pede pausa, escuta e direção. Se você sente esse chamado, a terapia pode ser um espaço de reencontro com quem você é. Vamos conversar?

Quem sou eu

Sou Matheus, psicólogo clínico (CRP 09/20412), formado pela PUC Goiás e especializado em Gestalt-Terapia.
Atendo adolescentes e adultos em processos de autoconhecimento, acolhimento e transformação, sempre com escuta sensível e presença.

Meu atendimento é exclusivamente online, em um espaço seguro para lidar com questões como ansiedade, identidade, luto e relações.

Tenho especialização e experiência nos seguintes temas:
ansiedade, depressão, relacionamentos, sexualidade e luto.

Acredito no potencial criativo de cada pessoa e na força do encontro terapêutico como caminho de reconexão consigo e com o mundo.

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